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quinta-feira, 15 de julho de 2010

"Novas" tendências pedagógicas do esporte


Texto de Jorge Silveira


Desde 2006 foi introduzido nas escolas o Livro Didático de Educação Física, tendo 05 pilares estruturantes: Esporte, Jogos, Ginástica, Lutas e Dança. O primeiro deles, esporte é uma instituição bastante evidenciada no Brasil, e por isso recebe uma discussão especial sobre seus efeitos na formação do indivíduo, quais suas formas, implicações e métodos de ensino dentro e fora das escolas.

A pedagogia dos esportes vêm se reformulando no decorrer das últimas décadas, surgindo assim novos métodos e preceitos de ensino. Segundo Oliveira e Paes (2004) os autores da pedagogia do esporte também têm constatado a importância dos jogos desportivos coletivos para a educação de crianças e adolescentes de todos os segmentos da sociedade brasileira, uma vez que sua prática pode promover intervenções quanto à cooperação, convivência, participação, inclusão, entre outros.

Dentre estes se destacam três deles: O Teaching Games for Education (TGfU) ou Ensino dos Jogos para a Compreensão; iniciado na Inglaterra na década de 80 pelos autores Bunker e Thorpe (1982); o Sport Education Model (SEM) ou Modelo de Educação Desportiva, original das escolas norte-americanas pelo professor Siedentop (1994); e no Brasil, a Iniciação Esportiva Universal (IEU) desenvolvida por Greco (1998).

Apesar destas idéias inovadoras os professores das escolas relatam a dificuldade em aplicá-las devido ao pouco tempo e falta de estrutura e cultura nas aulas de Educação Física nas escolas, Milistetd et al (2010) afirmam que uma prática desportiva, organizada de uma forma que seja provida de intenção, com metas e objetivos coerentemente traçados, respeitando os preceitos da formação de crianças e jovens desportistas, é requisito fundamental para a prática desportiva a longo prazo, da infância à idade adulta, fornecendo subsídios tanto para a formação de desportistas de lazer como para os desportistas de alto nível.

Para os que são conservadores em relação ao método global, apoiando-se na idéia de que é preciso adquirir a técnica das diferentes habilidades para depois jogar (crença do princípio analítico), é preciso atentar para o fato de que os alunos não vêm em branco para as aulas. Eles já possuem um repertório rudimentar de habilidades, o que lhes permite jogar e atualizar neste (no jogo) o seu repertório motor (GRAÇA, 1998). Já para o método parcial, de acordo com Dietrich, Durrwachter e Schaller (1984, p.17), "Os representantes desse método partem do princípio que a divisão corrente do jogo em 'técnica', 'tática' e 'treino' deve também determinar a metodologia". Esse método pode ser considerado como "exato", por sua preocupação demasiada com os detalhes de cada fundamento.

Para Pinto e Santana (2005) A criança que aprende a praticar as habilidades, possivelmente, ficará competente nisso, mas isso não é garantia de que ela possa jogar bem. A idéia analítica de que a soma das partes resultará no todo, isto é, de que se o aluno aprender a passar, a chutar, a conduzir se lhe garantirá jogar bem é, no mínimo, duvidosa, porque os esportes coletivos em geral são muito mais que isso.

A escola não tem como responsabilidade formar atletas, mas sim, cidadãos conscientes e de seus deveres e direitos, e dentre eles está à prática desportiva como forma de lazer e até mesmo de saúde. É dever do professor, dar subsídios para que o aluno (criança/ adolescente) se torne um adulto fisicamente ativo, e isso decorre do prazer deste pela prática.

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